Construir-Medir-Aprender: saiba tudo sobre a abordagem

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Segundo o dicionário Aurélio, a palavra cliente significa pessoa que utiliza, com regularidade, os serviços de um profissional ou empresa. O conceito de público-alvo, no segmento de marketing, se dirige a uma quantidade de pessoas com determinadas características em comum, que se dirige um conjunto de mensagens. Essas definições vão nos ajudar no processo Construir-Medir-Aprender.

E o que tem a ver esses termos com o artigo de hoje? Muita coisa. Um dos conceitos essenciais para uma startup dar certo é a demanda que envolve o público-alvo e os clientes que compraram o serviço ou produto da empresa.

A abordagem Build, Measure, Learn ou Construir-Medir-Aprender da Lean Startup significa construir um produto, oferecer ao mundo real, estudar as reações dos consumidores para saber onde melhorar na produção de outro projeto.

Nesse artigo, iremos abordar sobre essa metodologia que surge com o intuito de auxiliar as pessoas que desejam lucrar em cima de suas ideias.

Porém, antes de começar, indicamos a leitura do nosso ebook como começar uma Startup clicando aqui. Agora sim, podemos iniciar.

A abordagem anterior a Construir-Medir-Aprender

Anteriormente, a abordagem tradicional que a maioria dos empreendedores seguiam era o Modelo em Cascata (Waterfall Development), usada durante o século 20 para construir produtos com o objetivo de venda.

O que diferencia esse modelo da abordagem que iremos apresentar é a parte final do processo, no qual não se estudava cada detalhe do projeto e, muito menos, o feedback dos clientes a cada etapa.

Aliás, nesse método a única forma de saber se a clientela iria desejar a sua marca era por meio dos testes chamados Alfa e Beta, realizados nas versões iniciais onde os bugs eram descobertos e ajustados. Apesar disso, a característica de não receber retorno dos consumidores dificultava o resultado positivo no final.

Depois de lançado no mercado, a startup responsável pelo produto só iria descobrir os verdadeiros bugs e, em muitos casos, os vendedores viam seus investimentos irem por água abaixo, já que não havia demanda alguma.

Em meados dos anos 2000, a metodologia Agile Development se adapta e começa a utilizar softwares dentro da criação das startups com a finalidade de oferecer resultados positivos de forma a envolver os clientes. Mesmo assim, ainda faltava desenvolver a parte de atender as necessidades do público desde o início do projeto.

O que é a metodologia Construir-Medir-Aprender?

Nesse período de tempo de tentar descobrir como fazer as startups progredirem, surge os componentes do ciclo Construir-Medir-Aprender, servindo para coletar o máximo de feedbacks possíveis de um determinado produto e analisar os seus resultados.

O movimento Lean Startup criado por Eric Ries, empreendedor renomado do Vale do Silício e autor do livro lançado em 2011 intitulado “The Lean Startup”. Segundo Ries, o método Lean Startup consiste em aprender e construir o mais rápido para que chegue aos clientes na mesma velocidade.

O ciclo que citamos possui os estágios que se dão da seguinte forma:

  1. Ideias;
  2. Código;
  3. Dados;

E as etapas, em resumo, seguem:

  1. Construir;
  2. Medir;
  3. Aprender;

No decorrer do artigo, você irá conferir, em uma visão geral, cada conceito e etapa a ser seguida. Para isso, basta continuar lendo.

Primeira etapa do processo

Basicamente, essa etapa diz a respeito do planejamento e ideação. No primeiro momento será definido o foco do ciclo a partir da criação das ideias que também serão moldadas no decorrer das atividades.

Em segundo momento, é a hora de planejar e testar a sua criação por meio de hipóteses feitas desde a primeira parte, podendo ser um pequeno ajuste ou a aplicação de um recurso. Com a teoria finalizada, você deve buscar como prová-la ou refutá-la, se assemelhando a um   experimento científico.

Depois disso, você encontrará e saberá quais são os elementos necessários para a construção do projeto.

Lembrando: selecione os recursos, faça o teste, caso dê um bom resultado, ele entrará para o projeto.

Segunda etapa do processo

A parte de construção exige muito empenho, estudo e cuidado com todos os detalhes. Isso porque, você irá transformar sua ideia em código, ou seja, criar a primeira versão do aplicativo ou site que chamamos de Produto Mínimo Viável (MVP). Aproveite para adicionar nessa etapa novos recursos, caso ache necessário.

Finalizado o código lembre-se de, em toda ocasião, revisar todos os elementos para se certificar que não está faltando nenhum, ou que há questões técnicas a serem resolvidas.

Terceira etapa do processo

Decida como medirá o seu experimento, pode ser por meio das ferramentas de testes de UX em protótipos, captura de análises, entre outros meios.

Logo em seguida, será preciso analisar os dados de forma qualitativo ou quantitativo, agrupando, classificando e filtrando os resultados. Só assim, você vai identificar exatamente o que precisa ser melhorado ou alterado.

Não se esqueça de que todas essas etapas que estamos falando, devem ser compartilhadas com todos os colaboradores da empresa. A participação da equipe interna facilita na hora de comparar os dados atuais com os anteriores.

Quarta etapa do processo

A última, mas não menos importante etapa, terá a decisão final. Visto que, depois de analisar os resultados obtidos, você encontrará dois caminhos a serem seguidos que chamamos de:

  • Pivot: nesse caso, você irá mudar a direção do projeto totalmente ou parcialmente;
  • Persevere: será decidido continuar onde você está para passar para o próximo ciclo.

O ciclo como um todo se dedica em crescer a empresa de forma acelerada, mas isso não significa atropelar os detalhes, e sim ir construindo, medindo e aprendendo ao longo do processo.

Como se dá na prática o Construir-Medir-Aprender?

Como todo procedimento, na teoria ele pode ser fácil e, às vezes, até deixado de lado. Mas, na prática, empresas que aceleram startups, como a Evolve, enfrentam determinadas situações com os futuros empreendedores.

Uma delas acontece frequentemente quando alguém tem uma ideia e acredita que a maioria das pessoas a deseja. Então, resolve investir financeiramente, passando meses e até anos moldando um projeto que não gera interesse a ponto de fazer alguém usar ou comprar. Sem levar em conta a participação de quem de fato importa nesse processo: os clientes.

Normalmente, sem a pesquisa com o público e o recebimento de feedbacks a startup fracassa e o futuro empreendedor se frustra.

Nós da Evolve não queremos isso para o seu negócio. Queremos que a sua ideia evolua, de acordo com a proposta do Ciclo Lean, com agilidade, criatividade e eficiência.

Sempre enfatizamos sobre entender cada etapa do processo sem incertezas e com inteligência. Queremos que você seja autônomo e aprenda a fazer tudo sozinho, o primordial é a ideia dar certo e isso vai depender de três conceitos: desejabilidade, factibilidade e ser viável financeiramente.

O que nos diz? Vamos construir e aprender juntos? Deixe nos comentários para a gente saber ou fale com o nosso especialista em inovação.

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