O que é MVP? Explicando de maneira breve, é uma forma rápida de testar uma ideia de negócio, novo produto ou funcionalidade. Investindo pouco e aprendendo rápido.
Parece um milagre não? Mas é método! Inclusive esse é o nosso trabalho.
Eu (Welliton), acredito que uma das partes mais legais de se trabalhar com inovação e startups é desenvolver soluções realmente úteis.
Mas como fazer isso? Construindo rápido, testando com usuários reais, aprendendo e melhorando. E é ai que entra o MVP…
Definição: o que é MVP?
O que é MVP? Do inglês Minimum Viable Product, significa em uma tradução literal Produto Minimamente Viável. É um conceito de desenvolvimento de produto muito utilizado entre as startups, que consiste em desenvolver um novo produto ou serviço utilizando o mínimo de recursos possível.
Exemplificando, imagine que você tem uma ideia de aplicativo. Você acredita que seus clientes gostariam do seu serviço, mas não perguntou isso a eles.
O que é parece mais indicado?
- Investir entre R$ 20.000 e R$300.000 em média para desenvolver um aplicativo que você não sabe se vai dar certo? Ou
- Construir um MVP que você pode gastar menos de 10% desse valor, testar com usuários reais e, se a reação for positiva, desenvolver o produto final muito mais bem acabado e validado?
Parece óbvio, mas para a maioria das pessoas não é…
Vamos listar alguns motivos para mostrar porque começar com um MVP é uma boa ideia.
Por que criar um MVP?
O grande objetivo da criação de um MVP é construir para aprender. Ao adotar esse processo no início do desenvolvimento é possível aprender mais sobre o produto e sobre o público, contribuindo para a redução de riscos, otimização de recursos e uma velocidade de desenvolvimento alta.
Mas por que construir para aprender?
Esse é um dos principais conceitos do lean startup de Eric Ries, onde o ciclo de desenvolvimento funciona assim:
Traduzindo:
- Construir coisas o mais rápido possível.
- Medir os resultados com clientes reais.
- Aprender e melhorar continuamente.
Benefícios da aplicação do conceito do MVP (Produto Mínimo Viável)
2. Reduzir riscos
Outro grande motivo de se construir um MVP é a redução de riscos de investimento. Quando você investe no desenvolvimento de um produto sem testar a existência da demanda, no fundo, você está apostando na ideia.
Em mercados tradicionais e em empresas de renome esse risco já está presente, com negócios inovadores o problema é ainda maior. Isso porque você não tem (na maioria das vezes) um concorrente, ou parâmetros de mercado para se espelhar.
As startups “constroem a ponte” a medida que vão avançando, todo terreno é novo e é difícil projetar a influência de uma nova tecnologia ou a entrada de um concorrente.
3. Velocidade de desenvolvimento
Se você ainda não se convenceu que desenvolver um MVP é a forma mais segura de começar uma startup aqui vai mais um motivo: a velocidade.
O desenvolvimento de um produto do zero, seja físico ou digital leva alguns meses. A menos que você tenha muito dinheiro para abreviar esse tempo contratando uma equipe maior, a sua startup vai ficar fora do mercado até lançar a primeira versão.
Você já parou pra pensar por que as startups “colocam” tanto medo nas empresas tradicionais? Uma das razões é que as startups são rápidas, muito rápidas.
Em uma semana é possível ter um protótipo publicado, atrair os primeiros clientes, realizar as primeiras vendas e até conseguir um investimento (nós já conseguimos em três semanas).
4. Economia de recursos
Ao desenvolver um MVP, você evita o desperdício de tempo, dinheiro e energia em funcionalidades que podem não ser necessárias ou que não atendam às reais demandas do seu público. A lógica é simples: em vez de construir um produto completo e torcer para que ele dê certo, você concentra os esforços nas principais funcionalidades que resolvem um problema específico.
Para você ter uma ideia, as gigantes da tecnologia, como a Buffer e Dropbox, utilizaram MVPs para lançar alguns de seus produtos. Além de ser uma estratégia consciente é uma forma de otimizar recursos ao máximo.
Buffer
A Buffer começou como um MVP simples, onde ofereciam uma funcionalidade básica que permitia aos usuários agendar tweets (atualmente plataforma X). Essa abordagem permitiu que a empresa validasse muito rápido a ideia no mercado antes mesmo de expandir para outras redes sociais e adicionar mais recursos.
Dropbox
Já a Dropbox, criou um vídeo demonstrativo narrado por seu fundador Drew Houston, para ilustrar como o serviço funcionaria. O objetivo era validar a ideia de um armazenamento em nuvem simples e funcional, se destacando em relação aos concorrentes que possuíam problemas de usabilidade.
Com o vídeo, o interesse aumentou significativamente com inscrições passando de 5.000 para 75.000 pessoas. Assim, o MVP confirmou que existia demanda pelo produto antes de serem feitos grandes investimentos em desenvolvimento e infraestrutura.
Entenda MVP como um processo
Nós, aqui na Evolve, entendemos o MVP como um processo: as startups constroem um MVP, ele é testado com clientes reais, esses testes geram aprendizado e um produto é desenvolvido. Após a validação, você está pronto para desenvolver um produto de verdade!
É importante reforçar que os produtos minimamente viáveis não são uma desculpa para colocar no mercado produtos inacabados. A simplicidade e velocidade são importantes por conta da economia, mas você não deve negligenciar a experiência do usuário e o design quando seu produto já foi validado.
Se você fizer isso corre o risco de ser atropelado por um concorrente com uma solução melhor elaborada.
Quando um MVP deve deixar de ser um MVP?
Depende, a nossa régua aqui na Evolve é que o MVP deixa de ser MVP no momento em que o negócio foi validado e se mostrou viável. A partir dai, você pode e DEVE melhorar seu produto, realizar novos experimentos e continuar desenvolvendo.
Por fim e não menos importante: não se apegue ao seu protótipo!
Por vários motivos:
- É possível que você precise descartar e começar novamente algumas vezes.
- Não se preocupe que ele parece simples, ele não é seu produto final, é só um protótipo.
- Não, você não vai “se queimar no mercado” com ele. No fim das contas poucas pessoas vão utilizar no início e provavelmente nem vão nem lembrar o nome da sua startup.
- Se apegar muito ao protótipo faz com que você acabe “enfeitando demais” criando um produto “muito mais do que minimamente viável”.
Existe um MVP ideal para o seu negócio
Existem diversos tipos de MVP! Listemos alguns exemplos:
- Protótipos navegáveis
- Protótipos funcionais
- Concierge
- Landing pages
- Vídeos
- Campanhas de ADS
A escolha do que é melhor para a sua startup depende diretamente de “o que” você quer testar.
Por exemplo, você quer testar que os clientes se interessariam por um produto x.
Então o nosso objetivo é testar o interesse, certo? Sendo assim não precisamos de um produto funcional. Um site explicando o produto e uma página de cadastro já bastam certo?
Como escolher a melhor opção de MVP?
Para entender qual é o melhor tipo de MVP pro seu negócio, é preciso avaliar o que você quer descobrir, como você vai validar e quais serão as métricas essenciais para obter as respostas para suas questões. Por exemplo:
- Qual é a sua hipótese? Ex: acredito que as pessoas usariam um app de descontos no mercado.
- O que eu quero testar? Ex: o uso do aplicativo.
- Como podemos testar isso? Ex: criando um protótipo simples onde a pessoa cadastra o telefone e recebe os cupons de desconto por whatsapp.
- Como vamos medir o nosso sucesso? Ex: vamos considerar um sucesso se 10% das pessoas (alinhadas com nossa persona) deixarem o número de telefone no nosso cadastro.
Conclusão: o que é MVP?
Espero que esse post tenha te ajudado a descobrir o que é um MVP. Afinal, construir um produto minimante viável é a chave do sucesso para qualquer negócio de base inovadora.
Por isso, foque no aprendizado e aproveite o trajeto. Nós ensinamos os passos para começar uma startup neste guia.
Até o próximo post. Abraço!